Morrer de Amor
Uma dor aguda no peito,
Na aceleração cardíaca,
Faz da angústia o leito,
Em desgosto com a vida.
Apaixonado romântico,
Vive o sentir mortalmente,
Acordado sonâmbulo,
Desesperado e ainda demente.
Entregue a loucura,
Arrancando os cabelos,
Buscando a sepultura,
Sujeitado ao medo.
Romeu e Julieta,
São o par que inspira,
O suicídio aceita,
Só conhece essa trilha.
Desconhece a calmaria,
Diante de um amor maior,
Que liberta e não fragiliza,
Se doa por algo menor.
Amar é ultrapassar egoísmos,
Sobreviver diante da vontade,
Que move o mundo em ciclos,
Numa comunhão de realidades.
Esquece-se a opressão da posse,
Aproxima-se pelo puro desejo,
Saudando a emoção que eclode,
Fazendo-se força ante o desespero.