Codinome amor

Aquilo que sinto e não me faz sentido

Que sinto e praguejo e ainda bendigo

Que expulso de mim e à mim convido

Invadir as inconsciências daquilo que duvido

Aquilo que não vejo, dois palmos diante de mim

Um beijo inexplicável, o meio justificado no fim

Entrelaces nos arrebóis, nas alvoradas carmins

Naquilo que desespero, que espero que não e que sim

Aquilo impronunciável, indescritível, que digo aos berros

Que vem na brisa, no vento e a tormenta encerra

Que é incerto, que não logra êxito, hesito e quero

Aquilo que é do mar, das campinas e no sertão impera

Aquilo que escalda, que ferve no zero absoluto

Que escorre nas corredeiras e nada mais é tão puro

Que é meu e que posso, ao passo que não tomo posse

Aquilo que é dolo, que frauda, legalmente me emposse

Aquilo que mingua, farta-se nas nuances da dor

Aquilo que segue a estrela, a estrada, e está perdido

Aquilo que fere e que cura, que é alvo, é encardido

Aquilo registrado, nome e sobrenome, codinome amor

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 08/11/2014
Código do texto: T5028265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.