NENHUMA
Eu declaro sobre juramento,
diariamente,
que simulo desconhecer a tortura...
... ao passar ao lado dela: os dias...
... ao passar ao lado dela: nenhum dia!
... ao passar a saudade.
Assemelho-me a um peralta,
que adquiri uma dádiva,
mas, sabendo que vai perdê-la...
... com que razão um rapaz
compra três paçoquinhas
em uma lanchonete e sai?
Com a mesma razão
de todos e de sempre...
... nenhuma!
Caçapava, 21/05/2007.