A ESCRITA AMOROSA COMO DEVIR POÉTICO.

Há mais coisas do que aquelas que estão sendo ditas

Existem códigos não escritos dentro da própria língua

O homem das ruas fala o indagar das ideologias

Há berços que nascem jargões em locomotivas de loucos.

As palavras são átomos, sentenças de nomes e lugares.

Até as coisas que conhecemos desejamos desconhecida mente

É a mente que conhece o desconhecido saber que não se sabe.

Há um nome que não esquece mais que nunca se pronuncia.

O tempo do amor é um verbo, se o amor é um interditado,

De uma expressão única privilegiada de vários sentidos.

Não há dicionários para o amor, nomear é pedir explicação.

O mesmo amor possui nomes bem diferentes do aquele que costumamos dar.

O amor do amor começou tarde, tiveram um tempo de significações.

Com uma palavra que ainda não existia, encontro das diferenças iguais.

Amar é amar alguma coisa, a coisa amada é outra coisa que faz.

O momento privado de conceber lembranças não apenas físicas.

Estava começando a ficar claro que o amor não era apenas saber,

O que significava dizer eu te amo? “Outros amores não existiam”.

Do verbo saber ao verbo ser, mesmo antes quando já havia declarado,

Se o amor só faz sentido sobre as coisas que não tem explicação.

De. Poetas das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 05/09/2014
Reeditado em 17/12/2014
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