A ESCRITA AMOROSA COMO DEVIR POÉTICO.
Há mais coisas do que aquelas que estão sendo ditas
Existem códigos não escritos dentro da própria língua
O homem das ruas fala o indagar das ideologias
Há berços que nascem jargões em locomotivas de loucos.
As palavras são átomos, sentenças de nomes e lugares.
Até as coisas que conhecemos desejamos desconhecida mente
É a mente que conhece o desconhecido saber que não se sabe.
Há um nome que não esquece mais que nunca se pronuncia.
O tempo do amor é um verbo, se o amor é um interditado,
De uma expressão única privilegiada de vários sentidos.
Não há dicionários para o amor, nomear é pedir explicação.
O mesmo amor possui nomes bem diferentes do aquele que costumamos dar.
O amor do amor começou tarde, tiveram um tempo de significações.
Com uma palavra que ainda não existia, encontro das diferenças iguais.
Amar é amar alguma coisa, a coisa amada é outra coisa que faz.
O momento privado de conceber lembranças não apenas físicas.
Estava começando a ficar claro que o amor não era apenas saber,
O que significava dizer eu te amo? “Outros amores não existiam”.
Do verbo saber ao verbo ser, mesmo antes quando já havia declarado,
Se o amor só faz sentido sobre as coisas que não tem explicação.
De. Poetas das Almas - Fernando Febá
Fernando Henrique Santos Sanches