AMOR DE PAPEL.

Dê-me uma caneta/

que eu quero escrever./

Quero um papel em branco/

que eu quero ser franco/

com que eu vou te dizer./

Meu amor acordou cedo,

faz tempo que não te vejo,/

com este olhar lânguido/

e este seu rosto meigo,/

me deixa desnorteado /

com este seu modo de ser.

Lá fora o mundo acontece,/

vais se o sol, ai se escurece, /

as forças da natureza/

sinaliza, confirma com certeza /

o meu amor por você./

Os pingos da chuva/

Na vidraça;/

gotas em movimento,/

visão embaçada/

mas você aos meus olhos/

encantos de reais nitidez./

Portas a fora,/

eu de jaqueta jeans,/

você em casaco de lã,/

clima intenso de frio,/

te acalmo em afagos.../

Desejos; corpos febris.

Brisa gelada,/

clima gostosos,/

dois corpos atrelados,

passos lentos, /

em braços e abraços,/

peles em atritos,/

vírgulas, pontos...Traços.

No inverno eu e você,/

vontades, vaidades, /

nos contramãos da vida/

frente a frente, /

entrego-me a ti, /

amores, calores intenso./

No espaço em branco, /

caneta, tinta preta /

desenham letras,/

deixando marcas nas pautas,/

o bico da pena baila, /

equilibra, dança./

Assim este amor fez existir/

com a inspiração do poeta, /

o manejo das mãos descreve/

relatando fatos; atesta./

Antônio Herrero Portilho./26/8/2014

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 26/08/2014
Reeditado em 28/08/2014
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