Escritos Sobre Eros e Pathos

A imagem do amor salta aos olhos pela arrebatada paixão por

entre desejos contínuos intermináveis.

Não há no mundo nada mais profundo e existencial do que o fogo do amor.

É como Prometeu acorrentado. Pela visão do Sol na Alma entre o mundo da noite e do dia. Na divisão dos mundos separados, nas esferas que marcam os desejos humanos sentidos.

Como um impulso cego que quer dar luz ao caos.

Onde inebria saudade há espaço para falta.

O amor é um encontro com o desconhecido já conhecido anteriormente.

A linguagem do amor é a primeira e última verdade na fala do coração onde moram as palavras mudas.

São os romances da alma, no Templo da revelação do tempo.

Há sempre um tempo para provar o amor, para

encontrá-lo na experiência do corpo apaixonado.

O amor desvela o tempo com tantos contra-tempos, para ser aquilo que não somos mais que sempre esteve presente, latejando nos esconderijos secretos da alma

que não sabíamos que encontraríamos e seriamos.

Precisaríamos escrever contando um ao Outro nossos segredos, sem nos vermos de tão perto.

Somos puro esquecimento, é como se rompêssemos com o tempo ou se ele tomasse nova provisão.

Há no amor uma espécie de alimento que ultrapassa à paixão,

no descobrir do espírito quando se conhece.

O corpo no amor quer ultrapassar a alma, mas é a alma que contempla.

No amor o sentir do sexo é o provar da alma.

De Poeta das Almas

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 30/06/2014
Reeditado em 02/07/2014
Código do texto: T4864066
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