VULCÃO ADORMECIDO

Sempre toda reticente

Sem demonstrar emoção

Às vezes, parecia ausente,

Ou não ter um coração

Que pudesse palpitar

Ou suspirar por alguém

E se tal acontecesse

Disfarçava muito bem.

Era um verdadeiro enigma

Esperando ser decifrado,

Mas sem deixar qualquer pista

Que levasse a um resultado,

Talvez fosse sua defesa

Trancar com muito cuidado

No seu corpo, fortaleza,

Os segredos que tinha guardado.

Mas o seu comportamento

Não passava despercebido,

Pois, mais que um fingimento,

Era um vulcão adormecido,

Aguardando o momento

Em que houvesse a ignição,

Para explodir em fragmentos

E entrar em erupção.

E o momento aconteceu

E o vulcão explodiu,

Lava de amor escorreu,

O calor da paixão eclodiu,

Provando que o calor do amor

Derrete qualquer coração,

E por mais adormecido que for

Faz explodir qualquer vulcão.

Ilha Solteira/SP

01/06/2014 – 22:10h

Daniel L Oliveira
Enviado por Daniel L Oliveira em 01/06/2014
Código do texto: T4828914
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