VULCÃO ADORMECIDO
Sempre toda reticente
Sem demonstrar emoção
Às vezes, parecia ausente,
Ou não ter um coração
Que pudesse palpitar
Ou suspirar por alguém
E se tal acontecesse
Disfarçava muito bem.
Era um verdadeiro enigma
Esperando ser decifrado,
Mas sem deixar qualquer pista
Que levasse a um resultado,
Talvez fosse sua defesa
Trancar com muito cuidado
No seu corpo, fortaleza,
Os segredos que tinha guardado.
Mas o seu comportamento
Não passava despercebido,
Pois, mais que um fingimento,
Era um vulcão adormecido,
Aguardando o momento
Em que houvesse a ignição,
Para explodir em fragmentos
E entrar em erupção.
E o momento aconteceu
E o vulcão explodiu,
Lava de amor escorreu,
O calor da paixão eclodiu,
Provando que o calor do amor
Derrete qualquer coração,
E por mais adormecido que for
Faz explodir qualquer vulcão.
Ilha Solteira/SP
01/06/2014 – 22:10h