Minha Flor

Nesse jardim chamado Mundo,

Nasce você toda exuberante,

Com pétalas de encanto mudo,

Que tocam meu semblante.

A ternura dos teus gestos,

Afaga a alma contida no corpo,

Apaixonando os mistérios,

Desse sentir que emana como fogo.

As labaredas do desejo,

Como salamandras mágicas,

Que no escorrer de teus cabelos,

Formam o véu que te guarda.

Nas cores vivas dos teus olhos brilhantes,

Em um arco-íris que íris reflete,

Num caleidoscópio feito por amantes,

Onde o amor é o prêmio para quem copete.

No jogo dos que se querem,

Onde perder é ganhar,

Dois que não se esquecem,

Mesmo diante do novo acordar.

As plantas continuam a florescer,

Mas a flor, que digo ser minha,

Possui esse poder de atrair e poder

Fazer com que eu a persiga.

Sou antes dela do que ela minha,

Feito um jardineiro dedicado,

Sabendo que a natureza destemida,

Não precisa de meus cuidados.

Ainda assim, a amo,

Sugando o perfume,

Com carinho regando,

Fazendo com que perdure.

A flor única do Pequeno Príncipe,

Mas sem a arrogância daquela,

Contendo o que meu coração não resiste,

Fazendo desta realidade a sua passarela.

Ana Flor, que é Carolina,

Quase uma camomila que me acalma,

Agitando os hormônios com sua brisa,

Que celebra nossa união a cada hora.

O Jardim Secreto que é revelado,

Mas que é Paraíso Escondido,

Diante do olhar de não preparados,

Vivendo no íntimo, a felicidade...

daquele pausado....

do suspiro.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 24/05/2014
Código do texto: T4818952
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