Minha Flor
Nesse jardim chamado Mundo,
Nasce você toda exuberante,
Com pétalas de encanto mudo,
Que tocam meu semblante.
A ternura dos teus gestos,
Afaga a alma contida no corpo,
Apaixonando os mistérios,
Desse sentir que emana como fogo.
As labaredas do desejo,
Como salamandras mágicas,
Que no escorrer de teus cabelos,
Formam o véu que te guarda.
Nas cores vivas dos teus olhos brilhantes,
Em um arco-íris que íris reflete,
Num caleidoscópio feito por amantes,
Onde o amor é o prêmio para quem copete.
No jogo dos que se querem,
Onde perder é ganhar,
Dois que não se esquecem,
Mesmo diante do novo acordar.
As plantas continuam a florescer,
Mas a flor, que digo ser minha,
Possui esse poder de atrair e poder
Fazer com que eu a persiga.
Sou antes dela do que ela minha,
Feito um jardineiro dedicado,
Sabendo que a natureza destemida,
Não precisa de meus cuidados.
Ainda assim, a amo,
Sugando o perfume,
Com carinho regando,
Fazendo com que perdure.
A flor única do Pequeno Príncipe,
Mas sem a arrogância daquela,
Contendo o que meu coração não resiste,
Fazendo desta realidade a sua passarela.
Ana Flor, que é Carolina,
Quase uma camomila que me acalma,
Agitando os hormônios com sua brisa,
Que celebra nossa união a cada hora.
O Jardim Secreto que é revelado,
Mas que é Paraíso Escondido,
Diante do olhar de não preparados,
Vivendo no íntimo, a felicidade...
daquele pausado....
do suspiro.