ALMÍSCARES DO TIBET
Tens a sede
dos ventos
das monções
- que já afogaram
Impérios –
nas ondulações
indômitas
que desafiam
teus cabelos.
Ostentas
em triunfo
o brilho aveludado
das tardes
de outono
- onde o amor
se faz intenso -
nas irradiações
que se desprendem
dos teus olhos.
Há um perfume
soberano
delicado
e raro
- emanação de flor
de flor escondida
em noites
intensas -
no teu corpo
que antevejo
em madrugadas
de insônias
e ilusão
de tua presença.
Quando chegares
- obedecendo
ao ciclo de migração
das aves do norte -
trarás contigo
escondida
entre tuas coxas
a beleza
da arte mourisca
que engalana
e fascina fachadas
em Granada de Espanha.
E se faltarem-me
palavras
diante do teu corpo
- nu e entregue
sob a ondulação
dos vento do oriente
e imerso em luminosidades
e almíscares do Tibet -
apenas atraia-me
satisfazendo
entre as vagas
de todos os mares
o teu amor
e a tua fome.
- por JL Semeador de Poesias, na madrugada de 07/05/2014 –