Todos os meus verbos se conjugam em você
Antes dos devaneios, digo-te uma verdade: Eu não sou poeta
Apenas vejo as palavras como pétalas de uma flor dourada,
Que brota do infinito a cada eternidade.
Poemas são células que nos compõe a alma.
E você... É um livro de poemas musicados,
Cantados, em silêncio, pelo tempo.
É o piscar breve de um cometa eterno.
Que passa rasgando o universo de minhas palavras escuras.
Durando o bastante para que eu possa sentir tua falta depois da partida,
Na mesma proporção que tua presença prolonga minha vida.
Por vezes te vejo estrela ofuscando meus olhos
Por isso depois que partir, não buscarei o sol pra iluminar o meu caminho,
Nas madrugadas escuras dessa minha vida deserta.
Simplesmente fecharei os olhos pra sentir teu brilho pulsar,
Dentro de mim até a última gota de um sonho infinito.
Ou ouvir a música cantada em silêncio pelo tempo.
E assim te terei em minhas entranhas como carne minha.
Eu sei que não vê essa atmosfera libidinosa sobre os meus olhos,
Ao passo que todos meus verbos conjugam em você.