A ROSA VERMELHA
(Samuel da Mata)
Pulei a cerca, uma rosa apanhei com mui cuidado
E bem acomodada a pus no fundo da maleta
Meu coração pulava fazendo sacudir a camiseta
Como quem carregava no bojo algo sagrado
Nem sei como cheguei aquele dia à escola
Mais rubro estava que a rosa que eu roubara
Tremia como bambu que o vento assola
E o meu suar contínuo já tudo denunciava
Mas não podia recuar - Quem ama ousa,
Ainda que insana seja a sua atitude
Há muito já não pensava em outra coisa
Senão o declarar de meu amor solicitude
Mas quem seria assim a venerada donzela,
Que desmoronava assim o meu juízo?
Digo-vos: deste mundo a mulher mais bela
Que fazia de qualquer lugar o paraíso
Encanto assim, eu não ousaria descrevê-lo
Nenhuma beleza à dela já passou perto
Mas na luz do arco-íris, ainda a percebo
Pois o Sol sempre sorri ao vê-la, é certo
Cheguei cedo, bem antes da hora que o sino soa
Deixei a encomenda à mesa, e me sentei calado
Mas na chamada, quando chamou-me a professora
Já não pude responder, estava embasbacado!
(Samuel da Mata)
Pulei a cerca, uma rosa apanhei com mui cuidado
E bem acomodada a pus no fundo da maleta
Meu coração pulava fazendo sacudir a camiseta
Como quem carregava no bojo algo sagrado
Nem sei como cheguei aquele dia à escola
Mais rubro estava que a rosa que eu roubara
Tremia como bambu que o vento assola
E o meu suar contínuo já tudo denunciava
Mas não podia recuar - Quem ama ousa,
Ainda que insana seja a sua atitude
Há muito já não pensava em outra coisa
Senão o declarar de meu amor solicitude
Mas quem seria assim a venerada donzela,
Que desmoronava assim o meu juízo?
Digo-vos: deste mundo a mulher mais bela
Que fazia de qualquer lugar o paraíso
Encanto assim, eu não ousaria descrevê-lo
Nenhuma beleza à dela já passou perto
Mas na luz do arco-íris, ainda a percebo
Pois o Sol sempre sorri ao vê-la, é certo
Cheguei cedo, bem antes da hora que o sino soa
Deixei a encomenda à mesa, e me sentei calado
Mas na chamada, quando chamou-me a professora
Já não pude responder, estava embasbacado!