ÉS
 
És musa inspiradora
E o pesadelo que não domino
Em sonhos no meu jardim,
Nas noites sem fim.
Muitas vezes desejo a dor,
Ante o amor que não desejas por mim,
És flor entre tantas que vejo no vergel,
Vago como um colibri buscando teu néctar,
Voando louco pelo céu,
Esquecendo os perigos escondido no teu mel.
És musa equidistante
Mas não te vejo não te ateio,
Parece que só existes em meus sonhos
Numa tarde quente,
Ante as minhas dores, meus aperreios.
És espectro de minha retina
Agoniando minha alma só,
Como que apenas desatina
Um peito em agonia e dor.
És imagem, vulto que desvirtua,
Esquecendo meus apelos noturnos
Nos uivos nas noites de lua.
És o véu negro nos olhos
De quem deseja vê,
Desejos despedaçados,
Sem vontade de morrer.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 25/03/2014
Código do texto: T4743728
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