Estranho
Que inquilino chega pra ficar
sujeito teimoso, produto caro
Está em todo lugar, mas é raro
Não contento com um não, quer entrar?
Limpa a carne podre, anima a alma morta
Dá, não empresta, pede sendo rico
Faz sem temor coisas sem sentido
E mesmo fraco, abre todas as portas
Se reveste de paixão confundindo o são
E de desejo para aniquilar o medo
não sendo razão, em tudo tem razão
Quem o tem, nada lhe falta
dor que não sara, ferida aberta na alma
vence quem se rende e quem se prende é livre
Aviva o tom, converte tudo em bom
Sem estardalhaço diz em alto e bom som
Que a superfície é só a pele do profundo