O BEIJO QUE NUNCA HOUVE

a próxima e derradeira vez

ainda lembro, foi anteontem

eu fiquei pasmo e sem voz

nas mãos, tremor e friagem

como você estava bela amanhã

ainda tenho as suas mãos entre as minhas

nas narinas, o seu cheiro de hortelã

o beijo que nunca houve ainda em nossas bocas

ó que mentira é o tempo

como nos ilude todo dia

frágil e escorregadio cipó

em que nos penduramos

pensando chegar á lua

e vamos escorregando com os anos. . .

- por JL Semeador de Poesias, no início da madrugada de 11/12/13, na Lapa -