Uma pergunta ecoa no ar, sempre: - "O que é o amor?” - Nunca me atrevi a respondê-la, talvez porque seja uma pergunta impossível de ser respondida... Mas, a insistência dessa inquirição me provoca e, afoita como qualquer poeta, deslizo meus pensamentos para o papel, na tentativa de decifrar o indecifrável. Este poema ficará aberto, para que eu o modifique ou o amplie, a cada dia que aprender algo diferente a respeito dessa virtude que transforma o mundo e as pessoas... E, a depender de mim, ele se renovará todos os dias...
Mas, afinal, quid amor?
Tu me perguntas sempre...
Que coisa é o amor?
Pode nascer no crisol de um olhar
e asilado na palavra
espargir por alma afora...
Pode ser jazigo raso
ou um pélago profundo.
Pode ser sorriso em dor
ou talvez choro em sorriso.
Pode ser noite de chuva
ou alvorada de sol.
Pode ser borrasca temível
ou orvalho numa flor.
Pode ser um carro novo
ou pé descalço na estrada.
Pode ser lamento triste
ou brado em lança de herói.
Pode ser medo e coragem
ou a paz em oração.
Pode ser réu e juiz
ou a justiça sem lei.
Pode ser palavra doída
ou sorriso de perdão.
Pode ser beijo na alcova
ou soluço frente à morte.
Pode ser lajota fria
ou um páramo estrelado.
Pode ser cincho eternal
enlaçando Vida e Morte.
Pode ser soneto inteiro
ou adágio estilhaçado.
Pode conter-se num verso
ou transcender o Universo.
Pode ser eu em teu braço
ou teu braço em meu abraço...
Mas, afinal, me pergunto:
amor omnia vinciti?
E me respondo: talvez...
Tu me perguntas sempre...
Que coisa é o amor?
Pode nascer no crisol de um olhar
e asilado na palavra
espargir por alma afora...
Pode ser jazigo raso
ou um pélago profundo.
Pode ser sorriso em dor
ou talvez choro em sorriso.
Pode ser noite de chuva
ou alvorada de sol.
Pode ser borrasca temível
ou orvalho numa flor.
Pode ser um carro novo
ou pé descalço na estrada.
Pode ser lamento triste
ou brado em lança de herói.
Pode ser medo e coragem
ou a paz em oração.
Pode ser réu e juiz
ou a justiça sem lei.
Pode ser palavra doída
ou sorriso de perdão.
Pode ser beijo na alcova
ou soluço frente à morte.
Pode ser lajota fria
ou um páramo estrelado.
Pode ser cincho eternal
enlaçando Vida e Morte.
Pode ser soneto inteiro
ou adágio estilhaçado.
Pode conter-se num verso
ou transcender o Universo.
Pode ser eu em teu braço
ou teu braço em meu abraço...
Mas, afinal, me pergunto:
amor omnia vinciti?
E me respondo: talvez...
quid amor? = que coisa é o amor?
amor omnia vinciti? = o amor vence tudo?
amor omnia vinciti? = o amor vence tudo?
Cabo Frio, 26 de setembro de 2007 - 16h25