Guardei-me virgem

 
Não sintas ciúmes
do meu passado
hoje confessado
em meus poemas.
Meu corpo foi deflorado
e minha beleza renegada;
meu sonho, por vezes, aviltado
e desvestida minha tristeza
mais profunda...
Por tal razão,
se aceitares este triunfo,
incumbo-te a ti
desvirginar a exuberância
da minha alegria
e da minha vaidade.
Entrego-te a ti desvendar
meus secretos enigmas de mulher.
Ofereço-te patentear
pela eternidade
o amor sublime da fêmea
e a paixão da fera no cio
ocultados na inocência
da minh’alma.
 
Não te iludas,
nem sofras,
pelas minhas palavras
escritas no passado.
Aquelas palavras
- nada mais, nada menos -
eram procuras por ti.
 
Não te iludas,
nem sofras,
pela força da natureza
que me tornou assim madura,
pois o verde dos meus verdes olhos
- tu o recriaste -
será sempre teu.

Cabo Frio, 12 de outubro de 2007 - 15h26
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 19/01/2014
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