Da pura presença
E quando não existem evidências de reciprocidade
Eu me sinto percorrendo uma estrada de olhos vendados
Por um caminho sem volta
Sem cor, sem razão e nem sentido
Quero partilhar realizações com olhares presentes
Mergulhar em sorrisos alucinantes, sem cobrança e sem pudor
Reinar sobre as permissões que traçam o meu ser
Quero intensidade, proximidade explícita e promíscua
Vangloriar a liberdade que permeia meus ideais
Ser o senhor de minhas possibilidades
Quero um colo molhado, conivente e sem receio
Quero sonhos que transbordem a alma e um coração que não caiba no peito
Deixar os dias passarem sem contá-los
Sem ter a necessidade de mensurar o que alterna minha existência
Sem rancor, sem medo e sem hora
Quero tudo o que faz parte de mim, sem limite e sem teor