Da pura presença

E quando não existem evidências de reciprocidade

Eu me sinto percorrendo uma estrada de olhos vendados

Por um caminho sem volta

Sem cor, sem razão e nem sentido

Quero partilhar realizações com olhares presentes

Mergulhar em sorrisos alucinantes, sem cobrança e sem pudor

Reinar sobre as permissões que traçam o meu ser

Quero intensidade, proximidade explícita e promíscua

Vangloriar a liberdade que permeia meus ideais

Ser o senhor de minhas possibilidades

Quero um colo molhado, conivente e sem receio

Quero sonhos que transbordem a alma e um coração que não caiba no peito

Deixar os dias passarem sem contá-los

Sem ter a necessidade de mensurar o que alterna minha existência

Sem rancor, sem medo e sem hora

Quero tudo o que faz parte de mim, sem limite e sem teor

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 15/01/2014
Código do texto: T4650594
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