POEMA DE VÃGLÓRIA DE UM AMOR, DE UMA BELEZA PURA E IMPOSSÍVEL DE TER
Fui vencido! Derrotado!
Sucumbi por uma libido,
até agora, por mim, desconhecida.
Oh, Eros! Mande seus criados tocarem as trombetas de seu Monte!
Não! Não! Não!
Não provarás dos sabores.
Não desses poros viris e doces.
Não desses amargos ou salgados.
Não! Mas, sim dos podres.
Oh, Eros! Perdoe-me! Nesse momento, seus criados não sabem o que resmungam.
Fui preso! Preso e execrado!
Viverei por anos de minhas vísceras.
De minha própria carne. De meu próprio sangue...
... e meus próprios ossos amaldiçoados roerei até encontrar aqueles olhos furados e escuros.
Oh, Eros! Devorei-me, por culpa de um caprichoso pecado. Por que, justo agora?
Não! Não! Não!
Não é o que imaginas que pecaste.
Não é o que imaginas e sim o que fizeste.
Não amaste! Privaste-te! Não lutaste. Renegaste-te ao amor.
Não te sucumbiste de corpo e alma, apenas: mente... e mentes?
Oh, Eros! Castigue-me! Puni-me! Mereço de todo coração, todas as pedras atiradas em mim.
Poema escrito no dia 25/04/2007, às 03:45 da manhã.