Confissão

Confissão

Ah quanto faço pela memória

dos tempos de felicidade

a quanto esforço me entrego

para desempoeirar a saudade

abaixado para recolher a fotografia

fiando linha nos retalhos do passado

envernizando o baú da existência

relendo suas cartas e bilhetes

amando novamente o que foi amor

reencontrando tua face na poesia

repetindo sempre que ainda te amo

porque tanto amo o jamais esquecido

porque amo ainda o que não foi perdido

ai tanto e quanto e mais ainda farei

para manter viva a chama do amor

e ainda que o tempo seja ventania

na morte levarei tudo o que restou.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com