NATAL NA ALDEIA
É noite de Natal na minha aldeia
Cheira bem a arroz doce e a filhós!...
Há "sonhos" com recheio de geleia
E netos no regaço das avós.
Engole-se, à lareira, cacau quente
Ataca-se a ginginha, aos golinhos.
Degustam-se os bolinhos de aguardente
Brilha, entre duas velas, o azevinho.
Na torre da igreja toca o sino
Há lume p´rá aquecer Jesus, menino
que nasceu em Dezembro. Ou em Janeiro?!...
Segredos não se contam a ninguém!...
Mas, eu, peço ao menino de Belém
Que nasça para o Mundo o ano inteiro!...
Aldina Cortes Gaspar, in " O PÂNTANO"