NO HORIZONTE DE UM SORRISO

NO HORIZONTE DE UM SORRISO

Sou poeta – será que sim?

Há dias que aquela nuvem cinza

É apenas uma nuvem cinza;

Em outros parece que o mesmo floco de algodão,

foi pelo próprio criador, esculpido à mão.

Os dias nem sempre serão iluminados

Mas quando estão e nossos olhos estão mais sensíveis

a imagem invade, inunda e atravessa a retina

e crava-se magicamente direto no coração.

Em outras vezes a vitrine da alma

Parece bastante embaçada

Não enxergamos nem a beleza da neblina

Tudo parece uma espessa fumaça sem fim

Então cai a noite no travesseiro da alma

A cama e cobertor parecem pequenos

Meu corpo, como planeta vazio, dá voltas sobre si mesmo

Mas eis que o sol nasceu novamente

no horizonte da alegria do sorriso de minha filha,

e o orvalho da manhã, como colírio,

vem dissipar todos os temores do meu coração...

Dedicado à Letícia Estela, presente de Deus.