Desabafo urbano
Sou um poeta que lança versos estilhaçados,
Minha mente conturbada rima anil com ácidos,
Sofro sim um julgo rebento adulterado,
Deito e me arrebento em lençol amarelado,
Quantos dias e noites que invejei um silêncio,
Tantas quantas se fruto puro e polêmico,
Questionar minha indulgência sagaz,
Ciceronear sentimentos de paz,
Um dia me erguerei em altos brados,
Comprarei um barco e acharei lagos,
Tantos passeios cabíveis,
Remar e boiar em águas invisíveis.
SP 2010