Cadê?
Cadê meu mundo que tão longe o deixei
Pra caminhar nos descaminhos desta vida,
Naquele cedro eu perdi o que plantei
Deixando o ceifador n’outra colheita
Devia jamais ter abandonado
A esperança que pra sempre já se vai
Para os lados capitais e desolado
Eis-me aqui, e a cada dia o meu ai
Cadê a esperança que reguei
Por que abandonei a minha luta
Deixando que o tempo em que esperei
Mostrasse nada adianta sem labuta?
Mas onde vão meus sonhos, descaminhos,
Trazê-los junto a mim era preciso,
Distantes o meu pranto é o carrasco
Devia ter sorrido mais que dores.
Mas, cedro, levaste minha vida,
Agora, ao menos, vai contigo
O pouco que sobrou cá neste peito,
O resto já se fora na partida...