INSPIRAÇÃO VINDA DA NATUREZA
Olhando aquela linda orquídea nativa veio-me à lembrança a minha amada. Inspirado comecei escrever frases de amor.
Abria e fechava os olhos e alternadamente via a flor e a minha amada, ora juntas e ora separadas. Mas percebia que lentamente, aos poucos ambas se distanciavam o que muito me entristecia.
Fechei os olhos novamente e quando os abri, notei que já não mais estavam ao meu lado. Iam bem longe sem sequer dizer-me adeus.
Levantei-me e iniciei uma caminha absorvendo no bosque as beneficias da brisa macia e da natureza. Ainda que decepcionado não perdesse a esperança. Logo divisei uma linda borboleta azul.
E a borboleta, indiferente à minha presença, pousava e levantava vôos curtos de uma flor para outra displicentemente. Fazia isso como que a me provocar. Era tão bela que foi inevitável a lembrança e comparação da mesma com a minha amada.
Não cronometrei o tempo, até porque não era necessário, porém, em alguns minutos quando já inspirado novamente quis reiniciar as minhas escritas ela levantou vôo para longe, em caráter definitivo.
Os versos foram ficando pra trás. As palavras bonitas já não chegavam à minha mente. E eu, um eterno aprendiz de poeta me esforçava ao máximo para concluir um texto poético sem lograr êxito.
Saí a caminhar pelo bosque novamente e em dado momento ouvi o canto triste de um pássaro preto (SOFREU). Parei imediatamente. Ainda que triste, o Sofreu (PÁSSARO PRETO) canta lindamente quando está só.
É assim mesmo. Diante da solidão e distante da pessoa que muito amamos é que mesmo não sendo, nos tornamos um poeta diante das coisas belas que a natureza nos mostra e nos faz ouvir.
Basta estarmos atentos e termos amor no coração.
Nota:
Há mais ou menos 35 anos atrás, em passeio pelo norte-nordeste brasileiro, encontrei nas várias estradas por onde passava, jovens, mulheres e até uns marmanjos vendendo todo tipo de aves, pássaros e animais silvestres. Naquela época a fauna e a flora do Brasil eram desrespeitada na cara dura.
Vendo um garoto de uns doze anos com uma gaiola onde prendia uns seis ou mais pássaros pretos, perguntei-lhe o nome dos mesmos e ele afirmou que eram PÁSSAROS PRETOS, mas que naquela região do norteste chamavam de "SOFREU". Por essa razão eu escrevi de formas diferentes em dois locais, apenas para destacar.
No mais, comprei todos os pássaros pelo preço que o menino queria e ali mesmo eu os soltei. Aliás, alí mesmo em termos, foi bem longe dos seus predadores, numa distância de uns 30 km e num local onde havia mata virgem.
Abria e fechava os olhos e alternadamente via a flor e a minha amada, ora juntas e ora separadas. Mas percebia que lentamente, aos poucos ambas se distanciavam o que muito me entristecia.
Fechei os olhos novamente e quando os abri, notei que já não mais estavam ao meu lado. Iam bem longe sem sequer dizer-me adeus.
Levantei-me e iniciei uma caminha absorvendo no bosque as beneficias da brisa macia e da natureza. Ainda que decepcionado não perdesse a esperança. Logo divisei uma linda borboleta azul.
E a borboleta, indiferente à minha presença, pousava e levantava vôos curtos de uma flor para outra displicentemente. Fazia isso como que a me provocar. Era tão bela que foi inevitável a lembrança e comparação da mesma com a minha amada.
Não cronometrei o tempo, até porque não era necessário, porém, em alguns minutos quando já inspirado novamente quis reiniciar as minhas escritas ela levantou vôo para longe, em caráter definitivo.
Os versos foram ficando pra trás. As palavras bonitas já não chegavam à minha mente. E eu, um eterno aprendiz de poeta me esforçava ao máximo para concluir um texto poético sem lograr êxito.
Saí a caminhar pelo bosque novamente e em dado momento ouvi o canto triste de um pássaro preto (SOFREU). Parei imediatamente. Ainda que triste, o Sofreu (PÁSSARO PRETO) canta lindamente quando está só.
É assim mesmo. Diante da solidão e distante da pessoa que muito amamos é que mesmo não sendo, nos tornamos um poeta diante das coisas belas que a natureza nos mostra e nos faz ouvir.
Basta estarmos atentos e termos amor no coração.
Nota:
Há mais ou menos 35 anos atrás, em passeio pelo norte-nordeste brasileiro, encontrei nas várias estradas por onde passava, jovens, mulheres e até uns marmanjos vendendo todo tipo de aves, pássaros e animais silvestres. Naquela época a fauna e a flora do Brasil eram desrespeitada na cara dura.
Vendo um garoto de uns doze anos com uma gaiola onde prendia uns seis ou mais pássaros pretos, perguntei-lhe o nome dos mesmos e ele afirmou que eram PÁSSAROS PRETOS, mas que naquela região do norteste chamavam de "SOFREU". Por essa razão eu escrevi de formas diferentes em dois locais, apenas para destacar.
No mais, comprei todos os pássaros pelo preço que o menino queria e ali mesmo eu os soltei. Aliás, alí mesmo em termos, foi bem longe dos seus predadores, numa distância de uns 30 km e num local onde havia mata virgem.