O VENTO E O CIÚME
O mesmo vento que insufla as lavaredas
Do incêndio que destrói toda floresta
É o mesmo que nos momentos que anteceda
Acariciava a copa dos arvoredos.
Como pode algo tão sensível e bondoso
Em momentos de carícias e lealdade,
Transformar-se num verdugo rancoroso
Que destrói e mata sem piedade.
Assim como o vento, também existe,
Guardado dentro de cada coração
Um sentimento que brota e persiste
E se modifica conforme a ocasião.
Esse sentimento, um misto de queixume,
Todos sentem, embora neguem possuir,
Nada mais é do que uma ponta de ciúmes
Que incomoda, mas não tem como impedir.
Como o vento que, enquanto brisa, acaricia,
Quando pequeno, o ciúme faz o amor ficar maior,
E como o vento que destrói, quando em demasia,
Grandes ciúmes destrói o amor, é bem pior!
Assim, para o tempero do amor
Uma brisa de ciúme é o ideal
Faz o amor ficar mais valorizado
E querer seguirem juntos, até o final!
Ilha Solteira/SP – 08/11/2013 – 23:27h