EM BUSCA DE TI
(Samuel da Mata)
Eu saio ao ermo em busca de ti
lembranças trazidas à revelia do tempo.
Te vejo na chuva, na brisa e no vento,
em tudo onde passo, estou a te ver.
As nuvens rebeldes são teus cabelos esvoaçando em festa.
Se desmanchadas em chuvas, são também eles
molhados, presos em touca ou escorridos na testa.
Se troveja, me vem à mente a tua excitação nos nossos momentos íntimos.
Se a chuva cai fina e constante, te vejo dengosa,
deitada em meu colo sob uma canção de ninar,
onde o tempo caminha em passos leves e delicados,
para não nos perturbar o aconchego.
Te vejo nos agudos picos dos montes,
em saliências e escarpas de teu corpo nu
mas, também as campinas e prados
e os remansos dos rios me falam de ti,
serena, meiga e delicada.
Onde o meu corpo acomodado,
encontra por fim descanso após uma longa jornada.
Ali, sim, meus medos são banidos e minh´alma,
entorpecida por seus encantos, consegue enfim ser feliz.
(Samuel da Mata)
Eu saio ao ermo em busca de ti
lembranças trazidas à revelia do tempo.
Te vejo na chuva, na brisa e no vento,
em tudo onde passo, estou a te ver.
As nuvens rebeldes são teus cabelos esvoaçando em festa.
Se desmanchadas em chuvas, são também eles
molhados, presos em touca ou escorridos na testa.
Se troveja, me vem à mente a tua excitação nos nossos momentos íntimos.
Se a chuva cai fina e constante, te vejo dengosa,
deitada em meu colo sob uma canção de ninar,
onde o tempo caminha em passos leves e delicados,
para não nos perturbar o aconchego.
Te vejo nos agudos picos dos montes,
em saliências e escarpas de teu corpo nu
mas, também as campinas e prados
e os remansos dos rios me falam de ti,
serena, meiga e delicada.
Onde o meu corpo acomodado,
encontra por fim descanso após uma longa jornada.
Ali, sim, meus medos são banidos e minh´alma,
entorpecida por seus encantos, consegue enfim ser feliz.