HARPA SINGULAR, FEMININA

HARPA SINGULAR, FEMININA

Quando toco a nudez de seu corpo,

é como se em uma harpa tocasse

sons imaginários, sussurros atônitos,

gemidos absurdos, ais agônicos.

Dedilhando seus pelos dourados,

reentrâncias delicadas, intumescidas;

seu interior molhado afagasse,

fazendo ecoar ardente sinfonia.

Vibrar suas partes mais queridas,

num ritmo frenético, envolvente,

nada é proibido, tudo não é bastante.

[gustavo drummond]