"VEREDA CARNAL"
Em tempestade de paixão
me derramo líquido
sobre teu corpo
teus poros consomem o licor
e o orgasmo é cristal em nossos olhos
feres minhas costas com unhas felinas
teus gemidos íntimos
tem eco em minha boca
em ignescente vereda carnal
quando arremessas brandamente
nossos corpos nús, ao êxtase
assim, mansamente
amamos por madrugadas de aníz
tal qual lua cheia
que se esconde atrás de nuvens passageiras
e, reaparece, refeita
pedindo bis.
21/10/85. RS.