O RIO, O VENTO, A ALMA, O TEMPO E A CHUVA
Corre o rio
em desafio
às margens
que o esganam
impedindo-o de chegar
Sopra o vento
pelos desfiladeiros
e o seu assovio
a ecoar no vazio
é o canto dorido da alma
Cai a chuva
e o tempo me leva
para longe de mim
como uma frase musical esquecida
ou leve cheiro de jasmim. . .
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, dia desses, na Lapa, em conversa telefônica com o violonista e compositor Eduardo Hopper, de São Paulo -