Alma incógnita

Não quero ser alma incógnita,
que míngua nas tardes
e não se faz nas madrugadas,
que se enterra nos cantos dos jardins
e só enflora na cor do pecado,
que sonega a purpurina da volúpia
e não pode ter serpentina,
que faz bemol e tem sustenido,
mas não pode discordar do teu compasso...
 
Não quero ser alma incógnita,
mas o estrelar favorito das estrelas
e que não te denegues a vê-las,
pois quero soletrar-me no teu nome
e consumir-me nesse corpo,
marcar de roxo o colorido nu
e não contar ao relógio o tempo do adeus...
Quero ser tua neste momento - agora -
e, daqui a pouco, desejarei também...
 
A não ser assim,
enforco-me nos teus cabelos!
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 Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 31 de maio de 2009 – 15h47
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 28/09/2013
Reeditado em 03/06/2016
Código do texto: T4501539
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