Paixonite
Paixonite
Gravou na mão o toque,
No nariz o perfume,
No pé o passo,
Na boca, ficou só a vontade,
No cérebro ficou a imagem,
E no coração, a pulsação.
Dentro desse corpo todo delicioso,
Que deslizou nas minhas mãos,
Ao som de palmas e cantos,
Que nem anjos poderiam chegar.
Me trazendo a sensação de prazer e bem estar,
Bem longe daquela multidão.
Hoje vejo suas fotos,
E com ela me vem a batida do coração,
Seja paixonite ou não,
Mesmo que seja daquelas que saem no banho,
Junto com agua e sabão.
Hoje eu revejo minhas memorias,
E sei que valeu a pena arriscar,
Naquele passo descompassado,
Pagando mico, mesmo parecendo otário,
Pra uma menina aí, me roubar o coração,
E acabou beijando outra (isso mesmo, outra),
Na mesma ocasião.
E eu saí, com a moral caindo na minha mão,
De tanta paixão que ela causou no meu coração.