O RIO AZUL
O RIO AZUL
O rio passa, da janela,
escorre alegre, desce,
seiva de natural aquarela,
como espontânea prece.
Fluente, elegante, enternece,
distraído; um sonho inteiro
que ás vezes se esquece
debaixo do travesseiro.
Consistente água, cresce,
saltando pedras, obstáculos,
inevitável sina da sua espécie,
discreto e divino espetáculo.
[gustavo drummond]