RECONCILIAÇÃO 
 
 
 
                    Naquela tarde chuvosa e fria eu estava apreensivo. Era o dia da nossa importante decisão.
                    Como iniciar um diálogo cujo tema e tom eu pré julgava antagônico e intolerante?
                    No local e no exato horário aprazado ali ela estava pronta e todo ouvido.
                    Miramo-nos por alguns minutos que pareciam séculos sem nada falar.
                    Sequer nos cumprimentamos tal a nossa perspectiva e desconfiança.
                    Ela então diante da minha indecisão e ansiedade quebrou o silêncio falando:
          - Seja lá o que for que tenha a me dizer eu vim aqui com um único objetivo: Reconciliar-me. Sozinha eu não consigo viver esse amor egoisticamente.
          - Com todos os percalços da vida eu simplesmente te amo e preciso acostumar-me com as nossas diferenças. Acho que podemos nos perdoar.
                    Diante dessa confissão nada tinha a dizer a não ser:
          - Eu também te amo. Também preciso de ti para viver. Perdoa-me.
                    A reconciliação se consumava com um abraço apertado e milhões de beijos felizes e apaixonados.