Lótus

Existem tantas flores,

Cores, odores, formas.

Existem flores de plástico

A dar-nos a impressão da imortalidade,

Mas já “nasceram” mortas.

E o tempo lhes tira a graça

Por não terem tua raça e doçura.

E existe aquela flor – tenra flor

Que resiste à adversidade

E transcende pelo tempo

- Murcha e volta a ser viçosa.

Flor guerreira nunca perde o perfume,

Não para o olfato de sua abelha

Que ronda e espera paciente

O dia de voltar e pousar

E sentir tal maravilhoso pólen.

E mesmo que não pouse na mesma flor

Este ficaria feliz apenas em ver-te

Pois voltaste a florescer.

Gosto de flores assim...

Bem perto de mim ao outono

Que conhece o lado duro,

Mas conhece o caminho de volta ao eixo

E mesmo assim não deixe

De acreditar nos sonhos de dias melhores.

Se eu sou um doce

É porque tu és esta flor tão linda.

E só dar pra ser mel doce com boa flor.

Amo teu sorriso,

Sem esconder tal evanescente admiração

E quando ele for "aquele sorriso"

Eu sorrirei contigo e o silêncio dele

Será a minha mais linda canção.