Dos belos propósitos

Talvez eu esteja enjaulado por direções que me fogem

Inerte, os olhos de um corpo contrário miram o branco dos horizontes

E entre uma música e outra, entre uma arte e outra, falsamente se adoça a alma

Açoitada pela própria conformidade

E nessa dança fria que se nega a cada instante

As emoções são incapazes de denunciar

O que transcorre nesse corpo que é mais que melancolia

E derrama no desejo que é mais que alusivo

Em ansiedade se desloca o deleite

Resiste, se defende, se alucina e se cobre de saudade

E se sustenta por um amor, que mais que conforta

É mais que carícia e divina pureza

É estado de realização onde se rasga toda a angústia

Necessidade explícita e mais que vital

Espelho regado de plenitude e paixão

É delírio, presente, sincero e total

Guilherme Moura
Enviado por Guilherme Moura em 16/06/2013
Código do texto: T4344651
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