O AMOR
Vive de porta em porta como pedinte,
suplicando a permanência irrestrita.
Envolve o mais humano enlace que resiste,
afaga o coração e, num instante, se agita.
Está nos corações dos mais temidos.
Presente no lar que se agiganta, querido.
Acalma a tempestade que se apercebe,
Instalada no real e verdadeiro ente, amigo.
O coração trêmulo, o presente sentido.
Abraça o crespo e dolorido ser.
Sentimento que brilha nos olhos ativos,
aquecendo o combustível de eterno prazer.
Como viandante a percorrer o árido
deserto do coração amante.
É petreo, é bruto, destemido e ávido,
mas, ao mesmo tempo, tenue, terno...cativante.
fruto de liberdade em que o coração anseia,
que no dia a dia ve se cumprir seu destino.
Uma vez que canta ao longe e permeia,
o eco do som no coração menino.
E a exemplar mãe que vive a cuidar,
com desvelo e carinho dos filhos seus.
Um ser repleto e transbordante de amor.
Este sentimento vem do coração de Deus.
Alba