O CIÚME
Quando você passa elegante
Deixando no ar seu perfume
Sinto-me tomado, num instante
Por uma ponta de ciúme.
Posso estar sendo mesquinho
Mas o que é que posso fazer?
Se vivo pelos seus carinhos
E morro ao imaginar te perder.
Pode até ser insegurança
Ou amor em demasia,
Que abala minha segurança
E me leva a ter fantasia.
E nessa minha loucura
Em que penso bobagens
Aumenta a minha agrura
E quebra a minha blindagem.
Mas uma dose de ciúme
Talvez até seja preciso
Para exalar o perfume
E fazer brotar o sorriso.
Porque, o que o vento é para o fogo
O ciúme é para o amor,
Se for grande apaga logo
Mas se for pequeno, fá-lo maior.