ESBOÇO DA ALMA
Nos cumprimentos as mãos,
As palmas com os dedos laçam.
Amor sincero aquece
As tramas, os fios,
Amarram, tecem.
Braços fortes seguram.
Corpos ao amor aderem.
Dois corações, uma paixão.
Sentimentos não ferem.
Estradas, onde findas,
Ondes chega, aonde vais.
Estado da alma
Ás pressas cessam tais.
Cores alvas os burburinhos,
Alaridos, o silêncio acalma.
Entradas ao peito à dentro,
Amor completa a alma.
Os passos do destino o seguem,
Vão longe, onde se escondem.
Além do horizonte.
Atrás dos montes
Caminhos largos,
Na vastidão desta esfera.
À distância mostra,
O caminho conduz.
No começo da noite,
No apagar da luz.
O entardecer neste fim de dia.
Unidos encontram esperam.
No longínquo futuro,
No fluxo dos ventos
Deslizam, deslocam
O dia chega seu sorriso
Sua inquietude,
À vontade impera.
As mãos que toca afaga, sentem.
Provoca, instigam aceitam.
Os olhos se fecham
Procuram se rendem
Corpos desnudos se encontram
Acham-se além da pele o furor.
Intimidade, às Vaidades.
Tudo se abrem, recebem.
Do sexo o prazer, febre calor.
Nas bocas os beijos
Entranhas de delícias
O ardor, nos retrocessos.
Vais e vens
Convite ao amor aceita o emissor
Relaxamento total, Intensidade.
Roçam se, penetram.
Além da carne adentram
Tudo se realiza a dois.
Antonio H Portilho