Minha dor
Não existem abismos,
Intempéries, desequilíbrios sim,
Rumos terminais contíguos,
A vida degenerou aflita,
Nada é incerto e nem foi roubado,
Guerra e paz, inconstância ardente,
Dois em dois somam quatro, seis, oito,
Sonhar ainda comer algum biscoito,
Somam desejos retrucados em farelos,
Luz do dia cheira amarelinha e flor,
Sei eu da minha dor,
Não sou nada e sou tudo,
Uma vida de poder querer,
Lágrima que chiou num pingo d’água,
Insistência de achar à amada...