ERRO DO CORAÇÃO
ERRO DO CORAÇÃO
Pediria a todos, que estão a me ouvir;
Não quererendo iludir quem estar a me escutar,
Fiquem atentos prestando bem atenção,
Na desdita da estória, que tenho p´ra lhes contar.
Um certo dia ao abrir a minha porta,
Já quase morta uma mulher encontrei,
Ela chorando, fez sinal para ajudá-la,
Eu entendi e junto a ela fiquei.
Tratei-a como se fosse um amigo,
Um bom abrigo, para ela reservei;
Até que um dia, olhando a sua face,
Não resistindo, por ela me apaixonei.
Ela sabia que eu já lhe amava,
Assim também por mim tinha paixão,
Mas um amigo que eu tinha invejava
E odiava aquela nossa união.
O falso amigo iludiu a minha amada;
Ela forçada por esta sedução;
Foi-se com ele embora p´ra bem distante,
Deixou-me agonizante, quase morto de paixão.
Por sua causa, me tornei um vagabundo,
Tornei-me imundo e comecei a beber;
Para esquecer as mágoas e as tristezas;
Mas de sua beleza jamais hei de esquecer.
Se hoje sofro, pelo mundo amargurado,
Apaixonado por alguém que não me quer;
Há um ditado: "quem espera sempre alcança",
Estou cansado de esperar essa mulher.
E aqui termino com tristeza e com saudade,
Toda maldade que ela me causou,
Mas se um dia ela voltar novamente,
Juro por Deus; não te darei, meu amor.
Feitosa dos Santos, A.
"Junho de 1967 titulo anterior: Juro por Deus, não lhe darei meu amor"