" VOLÚPIA"
"Trago-te minha mãos vazias
sedentas, macias
que procurarão teus segredos
enquanto te beijo, ou...
até que tomemos a forma do desejo
na obsedante e lúgubre escuridão
fico parado, pasmado, logo, me desalinho
ouço leve rumor de roupa a cair no chão
você se despindo, tão devagarinho
e a luz transcendente e inconfundível, se refaz
multi-colorida e expectante
num clima harmonioso e absorto
o ambiente repentinamente fica liláz
e num ritual sereno de amor
acaricio suavemente teu desnudo corpo
que já me espera, arrepiado e delirante.
em janeiro de 2006. (Mente sana em corpore sano)