Alforria

Lembro-me do tempo em que eu era escravo

Não pela cor da pele, mas por culpa do amor.

Perseguido eu não podia passear ao vento

Apenas deveria respirar sem nenhum lamento.

Como o tempo passa e nós sempre desatentos

Não percebemos que se acabaram os maus tratos

O amor que me alienou se despede e vai embora

Deixando-me perdido neste mundo que apavora.

As correntes que me lembravam da escravidão

Foram quebradas, não por Isabel, a princesa,

Mas pela fuga dos momentos sem destreza.

Eu, amado sufocado, era explorado, mas só ria,

Adorava ser objeto de uso de quem pertencia

Porém, agora choro, pois ganhei minha alforria.

Kaio Castillo
Enviado por Kaio Castillo em 27/02/2013
Código do texto: T4162980
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