VENTOS...
Ventos que migram dos sonhos
E dos pesadelos sem fim.
Aguardo-te como folhas no outono
Em meu canto imaginário, enfim.
Ventos que varrem pensamentos
Desfolhados dos sonhos e carinhos
De amantes desavisados do momento
E desatentos desvirtuaram os caminhos.
Ventos que invadem multicores jardins
Variando o rumo do eu veleiro navegante
Em águas profundas dos oceanos e afins
Trazendo lembranças de amores tidos antes.
Ventos que irracional desfolha meu peito
E arrasta meus sonhos pelos palcos nus
Revelando minha paixão, meu feito,
Após um flerte zeloso de teus olhos azuis.
Ventos que aclaram desejos viáveis
Na fraqueza de uma paixão inevitável
Em um entardecer de beijos inolvidáveis
Entre dois corpos ardentes imutáveis.
Ventos...