Amor, ainda o amor...

Amor, ainda o amor...

Insistir em dizer que amo

e não deixá-lo adormecido

é semear um novo grão

num coração que é o mesmo

mas de fruto jamais colhido

e tudo reinventa-se agora

flor de ouro dourado à mão

um olhar de brilhante azul

turmalina no pó do passo

as orquídeas são borboletas

a brisa tem uma palavra

sou menino tão apaixonado

talhando seu nome na pedra

enquanto pássaros voam no céu

no céu lilás da tua boca

queria ser poeta agora

cantar uma cantiga antiga

que molhasse a chuva

soprasse a boca do vento

me levasse de onde estou

para dentro de um corpo

e fazer moradia no meu amor.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com