Perdoem-me! ❣️🙇🏻♂️❣️
Perdoem-me os que carregam
A lepra de seus ex-amores
Os marcados pelas chagas
Das “mentiras bem-vindas”
Na verdade, dissabores,
Pois que amor não é doença
E nem mera falação...
Amor é a jurisprudência da vida.
Mas perdoem-me
A, talvez, insuportável
Expressão de doçura em meu rosto
E na luz de meus olhos e boca
Ao declarar perceptível devoção,
Ao afirmar por minhas atitudes
Que eu amo alguém...
Perdoem-me,
Mas não posso acompanhá-los
Em sua descrença,
Pois não fui vencido
Pelo fel de um desenlace...
Portanto, não sei amar sem ser devoto!
Não sei amar sem dizer que amo!
Não sei amar sem ouvir o retorno
Não sei amar inerte!
Só sei amar amando...
E aonde já se viu
Poeta amar em completo silêncio?
Poeta amante e calado
É pássaro afônico, cego e aleijado...
E a ti, minha doce amada,
Também me perdoe,
Se acaso chego a estorvar,
Estando eu sempre poetando,
Mas quando falo de amor
Não falo apenas para o teu agrado,
Mas de tão cheio, o meu peito,
De amor por ti.
Meu coração não suporta
Tanta ternura e explode
Explode em desejos
Estampados no brilho de meus olhos
E explode em minha boca
Que diz um feliz e espontâneo:
— Eu Também Te Amo!