MEU EU
O medo desesperador...
Faz me buscar incessantemente a resposta
Do meu Eu,
Deslumbrantes nuvens carregadas passam no céu
Enquanto os trovões anunciam a chuva suculenta
Caindo mansamente e por vezes amedrontado pelo
Estrondoso barulho ao fundo...
Na suave caída de suas lágrimas o tempo me anuncia
Este estado inconstante do meu Ser,
Ao estar despercebido pela Alma que carrega consigo
A tempestade do furor de um ânimo inacabado!
Busco o reencontro comigo mesmo dentro de cada parcela celular
Corrente em meu corpo
Mas não consigo me encontrar,
Falta o teu corpo ainda que no suave perfume aromatizante do ar
Que paira no cheiro de nosso AMOR
Perdura a consciência do indevido instante ocorrido do final sem término
Aterrorizante no instante do ego vazio e sem espírito
Vagante na infinita trajetória do espaço
Reluzente entre as Estrelas
Não posso mais aguardar o tempo me recompor de tantos sentimentos
Posso apenas sentir este medo do semblante escurecido
De um olhar vago, sem um dizer...
No sentido sentimento do Estar!
Penúria do coração que sofre na pureza de uma criança!
Versa o sobrenatural em poder acumular os sentidos
D’outro lado, como que querendo inesperadamente
Encontrar uma resposta...
Mas a resposta está bem aqui dentro de mim!
Onde pude encontrar todos os sentidos verdadeiros
Deste bem que me mata...
Olhar para o Sol e ver a luz
Brilhar mais ofuscante,
Conversar com a Lua e não obter sua consolação
Pedir as Estrelas que os Astros sejam sinceros comigo
Mas na dura realidade o medo me corrompe
Diante de tamanha obscuridade
Meu eu está incompleto da pureza mais pura,
Como de uma criança que corre ao vento
Buscando a brisa entre a face
Para encontrar com o tempo mesmo antes
D’ele anunciar a chegada...
Waldeque Luiz Rosa