Tudo ou nada

Tudo ou nada

Eis que vem o vento

sopro que fecunda a tarde

melodia na dança das folhas

paisagem abrindo caminhos

para uma estrada de flores

pronta a acolher teus passos

avistados pelos meus olhos

que repousam em miragens

encontrando a ave e a brisa

e pensando na tua presença

quem dera meu amor agora

rasgar o véu da imaginação

transformar o que seja ilusão

numa nua verdade qualquer

qualquer espinho ou flor

qualquer pedra ou poesia

qualquer desesperado tudo

ou simplesmente o nada

mas que diga sim ou não ao

amoroso e angustiado coração.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com