O COLIBRI E A ROSEIRA
Rodeio-te em mais uma primavera
Com voos flutuantes de paixões
Percebo que não é mais quem eras
Uma roseira farta de rosas e botões.
Deparei-te enfrentando as estações
Deste então nunca te deixei sozinha
Os vendavais e secas insanas, as razões,
De te amar sem temer os males que avizinha.
Agora depois de tantos maios
Percebo que não me vês como antes
Meu desejo a teu néctar profuso
Com o fulgor de velhos amantes.
Diante de tua frieza latente e casual
Alcei voos difusos e incertos
Tentando com meu retilíneo usual
Fecundar tuas rosas com desejos fartos.
O que adveio minha roseira plena
Meu coração de latejos incontáveis
Agora se recusa a pulsar e me condena
A morte que me rodeia em dias contáveis.
Roseira de adversas estações dúbias
Nega-me o amor que tanto floresceu
Nestes anos todos, meses, horas e dias,
Como quem nunca amou e viveu.
Rodeio-te em mais uma primavera
Com voos flutuantes de paixões
Percebo que não é mais quem eras
Uma roseira farta de rosas e botões.
Deparei-te enfrentando as estações
Deste então nunca te deixei sozinha
Os vendavais e secas insanas, as razões,
De te amar sem temer os males que avizinha.
Agora depois de tantos maios
Percebo que não me vês como antes
Meu desejo a teu néctar profuso
Com o fulgor de velhos amantes.
Diante de tua frieza latente e casual
Alcei voos difusos e incertos
Tentando com meu retilíneo usual
Fecundar tuas rosas com desejos fartos.
O que adveio minha roseira plena
Meu coração de latejos incontáveis
Agora se recusa a pulsar e me condena
A morte que me rodeia em dias contáveis.
Roseira de adversas estações dúbias
Nega-me o amor que tanto floresceu
Nestes anos todos, meses, horas e dias,
Como quem nunca amou e viveu.