E DAÍ?
 
 
Apaixonei-me por uma linda mulher.
Imediatamente pensei que ali estava o meu verdadeiro amor.
Fui ao seu encontro e me confessei encantado.
E esta linda mulher me deu trela. Aceitou-me.
Obsessivamente me senti reconfortado e grande pela conquista.
Ah! O meu amor próprio estava em alta.
Conseguira na primeira investida atingir o âmago daquela linda mulher.
E daí?
Não contente, achando que em nome do amor tudo podia comecei uma indesejada peregrinarão maçante.
A sufoquei. Não mais deixando que ela tivesse vida própria.
No trabalho, na escola, no campo, na praia, no rio, no mar, enfim, em todo lugar em que ela estivesse lá eu estava. Ora sorridente e solícito. Ora como um cão de guarda não deixando ninguém se aproximar.
E daí?
E daí foi que um dia ela cansou desta minha forma obsessiva de amar....








Nota do autor:
 
(Ah Ah Ah Ah. Enganei-te. Sou poeta. E na poesia tudo pode.
Só que na vida real também. E isso é muito mais comum do que imaginas).