NA MADRUGADA
NA MADRUGADA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
A madrugada é triste para quem esta sozinho,
Para um pássaro ferido dormindo fora do ninho,
Na dose esparramada de um gole de vinho.
Pra quem não sabe o caminho.
Pra quem tem o pensamento mesquinho,
Quem se fere com um espinho.
A quem se agasalha com um agasalho de lã ou linho,
No tempo defasado como peça de pergaminho.
A ausência de um abrasado carinho,
Pela dor de quem se perde por não encontrar o legítimo caminho,
Boemia pra quem escolhe o seu cantinho,
A falar noite a dentro como redemoinho.
Dos casais ou de quem está sozinho,
Pelo paladar das línguas a cuminho,
Do amor a quem tem o seu respectivo afeto quentinho,
A fazer bola de sabão como criança a estar pertinho.
É só achar o caminho, pela madrugada dos carinhos,
e prosseguir sempre acompanhado ou sozinho.