NA MADRUGADA

NA MADRUGADA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

A madrugada é triste para quem esta sozinho,

Para um pássaro ferido dormindo fora do ninho,

Na dose esparramada de um gole de vinho.

Pra quem não sabe o caminho.

Pra quem tem o pensamento mesquinho,

Quem se fere com um espinho.

A quem se agasalha com um agasalho de lã ou linho,

No tempo defasado como peça de pergaminho.

A ausência de um abrasado carinho,

Pela dor de quem se perde por não encontrar o legítimo caminho,

Boemia pra quem escolhe o seu cantinho,

A falar noite a dentro como redemoinho.

Dos casais ou de quem está sozinho,

Pelo paladar das línguas a cuminho,

Do amor a quem tem o seu respectivo afeto quentinho,

A fazer bola de sabão como criança a estar pertinho.

É só achar o caminho, pela madrugada dos carinhos,

e prosseguir sempre acompanhado ou sozinho.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 25/07/2012
Reeditado em 07/04/2017
Código do texto: T3795692
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